quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Freud - Psicanálise e Educação

Sigmund Freud foi o criador do paradigma psicanalítico. Formado em medicina, Freud interessou-se por estudar manifestações de desiquilíbrio psicológico e no contato com seus pacientes, formulou sua teoria. Vale ressaltar que o destino original de sua teoria era a cura de pessoas que sofriam distúrbios psíquicos.

A base da teoria de Freud são seus estudos sobre a estrutura da personalidade humana e a dinâmica do seu funcionamento. Para ele, nossa personalidade é formada por três instâncias: id, ego e superego.

O id constitui o reservatório de energia psíquica, o local onde se localizam as pulsões de vida e de morte, as características atribuídas ao sistema inconsciente. É regido pelo princípio do prazer.

O ego é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id e as ordens do superego. É a verdadeira personalidade, que decide se acata as decisões do id ou do superego.

Já o superego é um depositário das normas e princípios morais do grupo social a que o indivíduo se vincula. Ali se concentram as regras da sociedade e da cultura.



O foco de atenção da psicanálise dirige-se à relação entre as energias oriundas do id e os impedimentos que o superego lhes impõe. Segundo a psicanálise, grande parte de nós encontra-se oculta no nosso inconsciente, reprimida pelo superego.

E é dessa repressão do superego que surgem alguns fenômenos observador por Freud: os Sonhos, os Atos falhos, a sublimação e as neuroses. sendo os dois últimos, a meu ver, os mais importantes no nosso contexto. A sublimação é o processo em que energias reprimidas são canalizadas para um único objetivo. Assim, o indivíduo destaca-se em um determinado setor da vida social.  Já a aneurose é vista como uma "válvula de escape" para os desejos reprimidos pelo superego.

Com base em sua teoria sobre as neuroses, Freud concluiu que o tratamento clínico destas deveria constituir na desobstrução das barreiras morais que impedem o livre acesso das energias reprimidas à vida consciente. O que fundamenta a psicoterapia psicanalítica.

Tratando da relação entre a psicanálise e o professor, Freud diz que a contribuição da primeira era fazer do professor uma pessoa atenta pra entender que o processo de ensino e aprendizagem não se resume a aspectos técnico-metodológicos. A psicanálise  tornas o professor uma pessoa menos obcecada pela imposição de seus pontos de vista, suas verdades e de seu desejo de ordem e disciplina.

Logo mais, Freud conceitua o libido como a energia que move o ser humano ao prazer, sendo uma energia de origem sexual.

Após conceituar a libido, Freud formula a teoria do desenvolvimento psicossexual. Esta teoria trata, basicamente, da localização da libido de acordo com o desenvolvimento do ser humano.

Durante uma destas fases do desenvolvimento psicossexual temos a vivência do chamado complexo de Édipo. Neste complexo, ocorre, basicamente, o desejo do filho homem pela mãe (inconsciente ou não) e o sentimento de inferioridade da menina por não ter o que o menino tem e culpa a sua mãe. Mas algum tempo depois há a superação deste complexo.

Saindo da fase fálica, tem-se a latência da libido. Assim a energia que era tida na libido passa para outro local (geralmente a algum aspecto escolar, já que esta fase ocorre quando a criança entra na escola). Assim, o conceito de sublimação atua fortemente nessa fase.

Em uma concepção social, Freud ressalta a vitória do princípio da realidade, ao invés do princípio do prazer. Ele concluiu também que a atração sexual do menino pela sua mãe o o ódio pelo seu pai são sentimentos que estiveram presentes desde a origem de nossa civilização. Mas a "aversão" a esses sentimento originaram outros sentimentos benéficos, os sentimentos construtores da sociabilidade.

Por fim, o que Freud quis dizer é que não existe a mínima possibilidade de vivermos coletivamente sem que cada indivíduo aprenda suas próprias ações, e por isso, o estudo do inconsciente.



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