Ivan Petrovich
Pavlov nasceu na cidade de Ryazan, região central da
Rússia, e era o mais velho dos 11 filhos de um pastor. Sendo o irmão mais
velho de uma família tão numerosa, teve de desenvolver bem prematuramente o
senso de responsabilidade e a disposição para trabalhar muito, mantendo essas
características por toda a vida. Por um bom tempo, não pôde frequentar a
escola por causa de um ferimento na cabeça em consequência de um acidente
sofrido aos sete anos, e, assim, seu pai lhe ministrava aulas em casa.
Matriculou-se no seminário com a intenção de se tornar pastor, mas, depois de
ler a teoria de Darwin, mudou de ideia. Disposto a frequentar a universidade
em São Peterburgo para estudar a fisiologia animal, Pavlov viajou centenas de
quilômetros a pé.
Pavlov formou-se em 1875 e
começou a estudar medicina, não para se tornar médico, mas na esperança de
seguir a carreira na pesquisa fisiológica. Estudou dois anos na Alemanha e
retornou a São Peterburgo para trabalhar durante vários anos como assistente
do laboratório de pesquisas.
A
dedicação de Pavlov à
pesquisa era total. Recusava-se a desviar a atenção com questões praticas
como o salário, as roupas ou as condições de vida. Sua esposa Sara com quem
casara em 1881, dedicava-se a protegê-lo dos assuntos mundanos. Logo no
inicio do casamento, eles fizeram um pacto, e Sara concordou em cuidar dos
problemas cotidianos para que nada interferisse no trabalho do marido. Em
contrapartida, Pavlov prometeu
jamais beber ou jogar e sair apenas nos sábados e domingos à noite. Assim,
ele adotou uma rotina rígida, trabalhando sete dias por semana, de setembro a
maio, e passando os verões no campo.
A
família Pavlov viveu
na pobreza até 1890, quando, aos 41 anos, ele foi indicado para lecionar farmacologia na Academia
Médica Militar de São Petersburgo.
Embora
a pesquisa de laboratório fosse o seu principal interesse, raramente ele
mesmo conduzia experimentos. Ao contrário, geralmente supervisionava os
esforços dos outros. De 1897 a 1936, cerca de 150 pesquisadores trabalharam
sob a supervisão de Ivan
Petrovich Pavlov, produzindo mais de 500 trabalhos científicos.
O
temperamento de Ivan Petrovich
Pavlov era famoso, principalmente as suas explosões,
direcionadas, em geral, aos assistentes de pesquisa. Durante a revolução
bolchevique de 1917, repreendeu um assistente por chegar 10 minutos atrasado.
Tiroteios nas ruas não eram justificativas para interferências no trabalho do
laboratório. Com freqüência, ele esquecia rapidamente essas explosões
emocionais. Seus pesquisadores sabiam muito bem o que esperar, já que Ivan Petrovich Pavlov jamais
hesitava em dizer o que pensava – era franco e direto a lidar com as pessoas,
nem sempre ponderado, mas tinha perfeita consciência dessa natureza volúvel.
Um trabalhador do laboratório, não aguentando mais os insultos, acabou
pedindo demissão. “Ivan Petrovich
Pavlov afirmou que o seu comportamento agressivo era apenas um
hábito (...) e não devia ser uma razão suficiente para deixar o laboratório”.
O menor fracasso de uma experiência deixava Ivan Petrovich Pavlov deprimido, mas o sucesso
proporcionava-lhe tamanha alegria que ele cumprimentava não apenas os
assistentes, como também os cães.
Pavlov foi um cientista até o
fim da vida. Acostumado à pratica da auto-observação sempre eu estava doente,
no dia da sua morte não foi diferente. Fraco, por causa da pneumonia, chamou
um médico e descreveu seus sintomas: “Meu cérebro não está funcionando muito
bem, e tenho sentimentos obsessivos e movimentos involuntários; a morte deve
estar se instalando”. Discutiu suas condições com o médico por alguns
instantes e adormeceu. Quando acordou, sentou-se na cama e começou a procurar
suas roupas com a mesma energia irrequieta que o acompanhava por toda vida.
“É hora de levantar”, ele disse. “Me ajude! Tenho de me vestir!” E assim,
caiu sobre os travesseiros e morreu.
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Psicoloucos. Biografia de Pavlov. Disponível em:
http://www.psicoloucos.com/Ivan-Pavlov/biografia-de-ivan-petrovich-pavlov.html.
Acesso em 19 jan. 2013.
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